Equipe Even Faster Sports – 28 de maio de 2023/ 03 de junho de 2023/ 04 de junho de 2023

Minhas Atenienses e Meus Fidípedes,

E, finalmente, após tanta preparação e ansiedade, anteontem corremos a XXXVIII Maratona Internacional de Porto Alegre, e posso afirmar que alcançamos um sucesso de proporções inimagináveis na realização da prova. Ou seria melhor dizer “das provas”? Ficarei com a segunda opção, pois, na realidade, foram três ou quatro provas em uma! Até porque eu vou começar falando a respeito da Maratona do Juarez, que foi corrida por este que ora escreve no domingo anterior ao do evento oficial.

Eu não sei ao certo (nem ao errado) quantas maratonas eu já corri, afinal, faz 41 anos que eu participo dessas brincadeiras, mas eu posso afirmar que o mais bacana e o mais importante não é cruzar a linha de chegada em primeiro lugar ou tendo mantido um pace de 3’ 10”/ Km (Vestus Cheboi ontem); o que verdadeiramente vale é o caminho que se trilha até a conclusão dos objetivos! Sendo assim, vou mostrar para vocês algumas pessoas que tornaram o meu caminho muito mais bonito!

Vocês não fazem ideia do susto que eu levei quando abri a porta de casa para começar a correr, e dei de cara com o Matusa! E, tenho certeza de que ele nem imagina o quanto foi importante para mim poder iniciar o percurso acompanhado por um amigo – ajudou a dissipar o medo!

Figura 1 – Eu e Marcelo Matusiak.

Foi muito bom correr os treze primeiros quilômetros ouvindo as peripécias da família Matusa!

Figura 2 – Chegando à Beira-Rio!

Quando o Matusa me “abandonou”, não demorou muito para que a Ju e o Edu assumissem a minha escolta! Fizeram todo o segundo quarto comigo – trecho muito importante porque é onde tenta-se estabilizar o ritmo!

Figura 3 – Juliana Cargnelutti e Eduardo Masuda.

Também foi neste trecho que a Fabi e o Adriano Scherer me deram uma baita força! Infelizmente, não tenho fotos, mas foi muito bom escutar os berros de incentivo deste bombástico casal de amigos!

Logo em seguida, o Gustavo “Baiano” Bittencourt se incorporou ao grupo de apoiadores. E vocês não podem imaginar o quanto é gostoso receber toda a força ioruba do axé da Bahia!

Figura 4 – Gustavo Bittencourt

Quem me conhece sabe o quanto eu admiro e aprecio as lagartixas! Muitas vezes quando estou correndo, cruzo por elas em alguma picada de mato ou beira de sanga. Desta vez, eu vi um casal namorando atrás da cerca – eu fui obrigado a parar e assistir ao interlúdio!

Figura 5 – Hemidactylus Mabouia

Logo após este momento romântico, eu e o Baiano encontramos a Fabi Barth e seus cabelos esvoaçantes! O apoio da Fabi também foi importantíssimo porque já era final de prova, e ela me acompanhou até o quilômetro trinta e oito.

Figura 6 – Fabiana Barth e Gustavo Bittencourt.

Fiquei estupefato ao saber que, nos finais de semana, o Professor Moré faz uns bicos no Foco Radical! Como dizem os americanos: “the thing is ugly”!

Figura 7 – Professor Felipe Moré

Agora, falando sério, o Professor Moré, além de fazer a minha preparação, ainda esteve ao meu lado nos vinte últimos quilômetros – baita força!

Figura 8 – Fabiana Scherer e Professor Felipe Moré.

Deixei para mencionar por último o apoio mais importante que recebi na prova, e ao longo de toda a preparação. A minha amada Sandra Hüning me empurrou nas subidas mais difíceis,

Figura 9 – Sandra Hüning morro acima.

e me deu a mão nos piores momentos! Desejo que esta parceria persista por muitas e muitas maratonas! Muito obrigado, amor!

Figura 10 – Sandra Hüning morro abaixo.

Desta aventura maravilhosa ficou a certeza de que no ano que vem estarei correndo no evento oficial. E já tem data marcada: 16 de junho de 2024 – a XXXVIV Maratona Internacional de Porto Alegre.

Daremos um salto de uma semana no tempo, e chegaremos ao sábado passado, 3 de junho de 2023. Este ano, a maratona de Porto Alegre foi dividida em dois dias: no sábado, foi realizada a rústica (8 Km) e a meia maratona; e, no domingo, foi realizada a maratona “full”. Achei muito boa essa inovação, pois diminuiu bastante o tumulto e a confusão que ocorria em todas as distâncias.

Aí em baixo, os fasters que correram a meia (de verde) e os treinadores (de moletom)!

Figura 11 – Natalie, Fabi Barth, Thay Ferri, Prof. Moré, William, Maurício e Prof. Juarez.

Há coisas nesta vida e neste mundão de meu Deus que ainda me causam espanto, e uma delas é a Tia Maria – que correu a meia!

Figura 12 – Tia Maria

Aqui em baixo a minha esquerda, o meu amigo Edilson Bento – um dos poucos gaúchos a realizar a Travessia do Leme ao Pontal/ RJ (36 Km em águas abertas)! Óbvio que esta fera só podia fazer o Desafio Gaúcho: no sábado correu os 21, e, no domingo, os 42 Km!

Figura 13 – Edilson Bento

Na foto abaixo, o Edu está mostrando o casal Thaynã Ferri e William Henrique que correu junto a meia maratona! E, no dia seguinte, o monstro também fez a distância completa!

Figura 14 – Edu, Ju, Thay e William

Abaixo, a Fabi Barth (uma das atletas que me apoiou na minha maratona) orgulhosa do desempenho na meia!

Figura 15 – Fabiana Barth e Professor Felipe Moré

Abaixo, a nossa querida Ivete com o Prof. Moré. Ela representou a Even Faster na rústica!

Figura 16 – Ivete Rockenbach

A partir de agora, pretendo falar um pouco do maior evento esportivo realizado no sul do Brasil – a maratona propriamente dita!

Passeando pelo local do evento, encontrei este grande painel com frases motivacionais. Como sou um cara muito chegado ao misticismo, confesso que aprendi e gostei desta simpatia dos maratonistas!

Figura 17 – Vou começar a fazer esta simpatia!

Abaixo, uma das amizades mais bacanas que eu conheço, e que foi forjada nos treinos e provas de corrida – duas baitas atletas!

Figura 18 – 507: Ju Cargnelutti; 506: Fabi Barth

E aqui o Monstro após a conclusão do Desafio Gaúcho! Baita exemplo e incentivo para outros que vão tentar imitá-lo em 2024!

Figura 19 – William “Monstro” Henrique

E o meu queridíssimo amigo Marcelo Matusiak mais uma vez ensinando que a família é a base de tudo, e que tem que estar unida em todos os momentos!

Figura 20 – Marcelo Matusiak e família.

Já bem perto do pórtico de chegada (deste post), quero deixar com vocês a imagem da felicidade estampada no rosto de todos os que estiveram envolvidos ou que de alguma forma participaram desta grande aventura!

Figura 21 – Even Faster em festa!

Farei agora algumas observações relacionadas ao que observei na XXXVIII Maratona Internacional de Porto Alegre do ponto de vista técnico. O que mais me impressionou foi a grande quantidade de atletas que largaram muito forte, e terminaram a prova acabados em um ritmo bem abaixo do planejado – lamentável erro estratégico!

O corredor deve ter em mente que no início de uma maratona tem-se a sensação de que se pode tudo! Isso acontece porque ele está, supostamente, bem treinado, e com o “tanque” cheio de glicogênio! As altas reservas de glicogênio fazem com que corramos mais rápido! Só que essa reserva dura relativamente pouco (cerca de noventa minutos), e ao final da prova…

Ao correr os quilômetros iniciais de forma muito explosiva, acelera-se a queima das reservas de glicogênio. Quando ele acabar, passa-se a queimar gordura. Só que o metabolismo da gordura é muito mais lento que o do glicogênio – é aquele momento em que se sente a quebra!

Não se pode esquecer que o mais importante é correr bem os 10 Km finais! E é para isso que se treina!

O maratonista não gosta e não precisa de instabilidade. Por isso, é interessante que se faça o seguinte planejamento:

1º Terço da Prova: ritmo confortável (não é lento!);

             2º Terço da Prova: ritmo moderado;

             3º Terço da Prova: ritmo difícil;

Também vi muita gente chorando e sofrendo por causa das mais variadas câimbras. Em outras ocasiões, eu já expliquei o que deve ser feito para não as ter. Elas são frutos da execução de um esforço para o qual não se estava preparado. Sendo assim, a prevenção correta é treinar longo na intensidade requerida com as reposições necessárias (reforço eletrolítico) – é, mais ou menos, a simpatia descrita na figura 17 acima!

Este é o momento de continuar treinando! Em breve teremos novos desafios, e não podemos desanimar diante do frio e das tempestades e chuvas que se aproximam! E por falar em chuva, com o propósito de incentivá-los a persistir nos treinamentos, vou lhes contar uma conversa que ouvi (sem querer) entre duas “cumadis” corredoras. Para não citar nomes, vou chamá-las, genericamente, de “cumadi 1” e “cumadi 2”.

Cumadi 1: “Menina, eu tenho horror de treinar com chuva! ”

Cumadi 2: “Ah…. Eu também! Quando eu sei que vai chover, fico deitada e não vou correr! ”

Cumadi 1: “Ué, menina! E como é que você sabe que vai chover? ”

Cumadi 2: “Eu tenho um método infalível! “

Cumadi 1: “É? Me conta como é este método! “

Cumadi 2: “É assim: todo dia, antes de levantar, eu olho por baixo do lençol para que lado está o negócio do meu marido! Se está para a direita, vai fazer sol, e eu levanto para treinar; se está para a esquerda, é chuva certa, e eu fico deitada! “

Cumadi 1: “Nooooossa! Que interessante! Mas, me diz uma coisa: nunca acontece de o negócio estar de pé sem apontar para lado nenhum?

Cumadi 2: “Claro que acontece! Mas quando o negócio tá de pé, o treino que se f….! “

Meus queridos, que o bom e maravilhoso criador do Universo continue nos abençoando, protegendo e nos dando força para manter o pace que desejarmos!

Abraços para quem for de abraço, e beijos para quem for de beijo!

Maratona do Juarez (28/05/2023) e XXXVIII Maratona Internacional de Porto Alegre (04/06/2023).

Juarez Arigony